domingo, 11 de dezembro de 2011

Dos absurdos do dia a dia

Quem não ouviu um absurdo durante o dia que jogue a primeira pedra! Eu sou uma moça privilegiada, então ouço 50 absurdos por segundo. Depois de muito penar nessa vida, eu aprendi a fazer cara de monalisa com variações para cara de abacaxi.Tirando todas as histerias conversivas que eu tenho pelo fato de não falar o que eu penso, até que tô indo bem.


Mas, se tem uma coisa que ainda me deixa com cara de retardada é quando as pessoas querem discutir uma situação super séria simplificando tudo com o simples "é minha opinião".

Ok, eu não tenho nada contra a sua opinião pessoal, eu acho que por mais absurda que ela seja, todo mundo tem direito de ter uma opinião. O que me incomoda é colocá-la como verdade para todos e ai nós entramos em outra questão completamente diferente de ser sua opinião ou não, estamos falando de eleger uma verdade e/ou moral para julgar as pessoas, colocando elas em duas instâncias: certo ou errado. Veja bem, você vai eleger o certo ou errado para uma terceira pessoa que, por mais que você insista, nunca vai ter a mesma experiência que você. E é dai que vem o meu grande preconceito quando as pessoas em uma discussão sobre ter filhos ou não, por exemplo, afirmam que não ter filhos é estranho. Ora, é estranho para você! E para várias outras pessoas pode não ser e ai você não precisa nem se dar o trabalho de resolver isso pelo outro, deixem que os outros resolvam. Que tal? Facilitou a vida? Ótimo, tentem fazer isso a partir de hoje.

Agradecida.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Minha Querida Professora

Pois é, acreditem ou não, depois de muitos surtos esquizofrênicos, eu estou no último ano de psicologia. Não sei se choro ou comemoro, por enquanto eu só dou risada. Explico.
Segunda-feira eu entro na aula, atrasada, e sento no meu lugar de sempre. A professora fala coisas bacanas, ela dá aula super bem, mas por algum motivo eu não conseguia prestar atenção.
Comecei a ficar super incomodada e finalmente entendi o que estava pegando: eu conhecia ela de algum lugar. Mas, de onde? Será que eu briguei com ela? Ela me odeia? Eu a odeio? Eu fiz entrevista com ela?
Tudo passou pela minha cabeça. E continuava sem prestar atenção no que ela falava.

- Quando vocês estiverem atendendo, bla bla bla whiskas sachet, vocês precisam, olá thayz, quem sou eu? Segundo a psicoterapia breve... vc não sabe quem eu sou, lero lero.

Juro que tentei desencanar, mas a minha capacidade de ter que saber o que está acontecendo era maior do que qualquer coisa. E tinha mais um agravante, ela tem um cabelo preto, uma franjona enorme e óculos de grau com uma armação bem pesada. Então, como diabos poderia esquecer de um rosto tão marcante?
E aí, comecei a pensar nela sem a franja e o óculos.
Tudo começou a clarear, finalmente sabia quem era: a cópia feminina do Adam Sandler.
E aí, eu ri, gargalhei, surtei no meio da sala de tanto rir. Minha professora olhou pra minha cara e perguntou:

- Que foi? Tô falando alguma coisa engraçada, é? Sou eu? 
- Não, professora, eu lembrei de uma coisa muito louca.

E eu fiquei lá pensando em todos os filmes do Adam Sandler e de como seria interessante se os dois fizessem algumas cenas juntos. Imagina só, ele tem uma irmã gêmea e não sabe. Eu poderia vender essa informação para ele e ficar RYCAH. Eu poderia prestar atenção na aula também e parar de imaginar mil roteiros na cabeça, né?

Pelo menos minhas aulas de segunda-feira serão sempre divertidas.




segunda-feira, 25 de julho de 2011

Pin Up Feminista

Posso sair assim todos os dias?


Sim, estava fazendo propaganda da Coca. Sou um pin up, ué. :P

terça-feira, 28 de junho de 2011

E se fosse o contrário?

E se quando acordássemos tudo estivesse ao contrário? E se os fundamentalistas religiosos dissessem que o natural é o homem casar com o homem e mulher casar com mulher. Que quem tem relacionamentos heterossexuais deve ser punido, não só com a violência, mas com o olhar que vigia e rejeita, o mesmo olhar que acolhe e dá redenção a todos os homossexuais. Um casal heterossexual que caminha na rua é violentado por neonazistas que segundo eles, afrontam todo tipo de raça pura que pode existir. Difícil, né?

Difícil mesmo é ser usado como xingamento todos os dias. 

- Sua bicha, viado!
- Aquela ali parece uma lésbica, né? Que ridícula.
- O que, tá me estranhando? Não sou biba não, sou macho.

Não entendo a facilidade absurda de xingar o outro pelo motivo extraordinário de ser homossexual. Ok. Então, já que você não gosta de maçã e eu sim, vou odiar você pelo resto da vida. E o discurso clássico, que ouvimos todos os dias é:

- Eu não sou preconceituosa, de verdade. Meu primo é gay. Mas, é que...

Preconceito, pra mim, é ignorância pura. E se você é daqueles que não se dizem preconceituosos, mas não deixam a sexualidade do outro em paz, tenho uma novidade: isso é preconceito. 

No dia do Orgulho LGBT, gostaria que as pessoas começassem a se colocar no lugar do outro, do tipo: e se fosse eu? Como eu me sentiria? Como deve ser horrível ser julgado pela minha sexualidade sem ao menos me conhecer. E se fosse ao contrário? E se as pessoas falassem que a minha sexualidade fosse uma doença que pode ser passada para crianças na escola, isso não faz de mim um monstro? Imagine ouvir todos os dias que o amor, desejo ou qualquer coisa que você sente por outra pessoa é errado e ainda é motivo de piada para todos os programas humorísticos do mundo. Afinal, a única forma de ser aceito aceito pelos heteros é ser muito bem humorado, como um palhaço, um bobo da corte. 

Não consegue fazer tudo isso? Tudo bem, então, simplesmente não ligue para o fato de alguém ter uma sexualidade diferente da sua. Sério, não ligue de verdade. Conheça a pessoa além da sexualidade, fale com ela. Talvez ela seja uma pessoa maravilhosa ou não. Não importa. O que importa mesmo é conversar com ela e não com sua sexualidade.
Acredite, as pessoas são mais do que uma orientação sexual.




terça-feira, 14 de junho de 2011

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Roda moinho...

É tudo muito simples: eu não nasci para trabalhar dentro de uma empresa, cheia de regras e presa a hierarquias e burocracia. Tem uma coisa que não é tão simples assim, que nesse caso específico é a porra do capitalismo. Sim, todas as criaturas do mundo (incluindo euzinha aqui) tem que ganhar dinheiro para pagar suas contas e para isso fazemos coisas que não gostamos (leia odiamos). E essa não sou eu, me sinto presa, sufocada, sem vontade de existir. Acordar cedo para sustentar algo no qual sou completamente contra não faz parte do meu sonho infantil, faz parte de uma realidade que eu construí e não consigo sair por um motivo tão ridículo: medo (leia se cagando de medo de não ter dinheiro pra pagar a faculdade).
Eu vivo nesse dilema, essa sou eu, aquela que quer jogar tudo pro alto e finalmente parar de se preocupar com seu futuro mal de alzheimer (pq né, o que vocês acham que vão acontecer com tanto stress e infelicidade? :P) e finalmente me preocupar comigo, com meus desejos, objetivos, carreira, sonhos. Também tem aquela outra, que também sou eu, mas que é ajuizada demais, responsável demais e cagona demais para tomar atitudes como essa.

Enquanto minha confusão mental está por aí e o capitalismo não acaba (tudo bem, acho que isso pode demorar um pouco), fico aqui esperando até final do ano para que eu finalmente possar cantar junto com a Barbra Streisand.
.



quinta-feira, 26 de maio de 2011

Na clínica de cirurgia plástica

Essa história é baseada em fatos reais.
 
O meu colesterol está um tanto alterado e por isso resolvi ir no endocrinologista como uma forma de adiar o início da minha alimentação saudável e atividades físicas. Para isso, pedi indicações para minhas colegas da faculdade e uma santa alma indicou um médico. Liguei lá, toda feliz, marquei a consulta e ontem finalmente chegou o dia.
Cheguei lá metade empolgada e metade triste pelo fato de ter que iniciar uma vida saudável. Falei com a recepcionista e ela pediu pra aguardar, sentei lá e comecei a ficar apavorada com a quantidade de mulheres operadas. E pior: elas estavam conversando sobre como é importante uma mulher ficar com a barriga retinha e o peito durinho para seu marido. Eu ri baixinho e falei pra mim mesma: que absurdo. A menina que estava do meu lado riu também e perguntou: essa não é a sua prioridade, né? E ai começamos a conversar sobre plásticas, eu comecei a explicar o motivo de não querer fazer e ela perguntando quanto eu coloquei de silicone nos seios.
Tudo bem, eu sou peituda, mas perguntar assim do nada se eu coloquei silicone é demais, né? Fiquei meio ofendida, mas respondi que não coloquei silicone. A menina que estava conversando comigo tinha 19 anos e disse que tinha colocado silicone há algumas semanas atrás. Por sorte (ou por azar), fui chamada para ser atendida, o médico tinha uma cara super esticada e fiquei me perguntando o motivo.
O médico perguntou por que eu estava lá e contei todo meu mimimi de colesterol alto e tudo mais. Ele me perguntou de forma direta: entao, você quer fazer uma lipo?
Eu não sabia o que falar, mas eu finalmente comecei a ligar todas as coisas: eu estava em uma clínica de cirurgia plástica?
- Olha só, eu não quero fazer cirurgia nenhuma, eu quero uma dieta pra eu perder uns quilos e fazer as pazes com o colesterol e meu corpo.
- Mas, eu preciso sustentar meus três filhos, preciso colocar um bisturi bem afiadinho em você. (risadas do médico esticado)
- Então, eu acho que houve um grande engano, a fulana de tal me indicou seu nome como endócrino.
- Ah, a fulana de tal! A mãe dela tá pensando em fazer lipo.
- Hmm... entendo. Bem, então acho que tem algo errado, foi um grande mal entendido, mas obrigada pela sua atenção.
- Mas então Thayz, você é casada?
- Sim.
- O que você acha de fazer uma surpresa pro seu marido e fazer uma lipo? Tenho certeza que ele vai gamar.
- Eu quero que meu marido se lasque se ele quiser que eu faça lipo (cara de espanto do médico). Na verdade, ele acha muito curioso essa história de colocar silicone e morre de curiosidade de jogar uma pedra pra saber o que quebra primeiro (cara de terror do médico).
- Entendo...
- Então tá, obrigada e desculpa qualquer coisa.
Depois que eu sai de lá, eu tive um ataque de riso que não passou até agora. Finalmente entendi a conversa das meninas e a pergunta da garota sobre a quantidade de silicone que eu supostamente coloquei.
Será que foi uma pegadinha? Ou eu sou desligada ao extremo? Pode ser os dois, né?

sábado, 23 de abril de 2011

Feminista 24 horas por dia

Alou você que acha muito fácil ser feminista e botar a boca no trombone. Tenho uma novidade: não é fácil. Todo mundo exige de você um comportamento, uma opinião, uma crítica e eu faço o que com isso? Faço piadas, né?
Eu estava no trabalho, linda e ruiva, quando minha colega chegou e disse:

- Thayz, Thayz! Você não sabe o que acabei de ver!
- Meldels! O que aconteceu?
Nessa altura do campeonato estava esperando uma notícia muito louca, uma violência, algo absurdo. Já estava espantada e esperando o pior.
- Então Tha, nós vimos uma coisa que você iria achar absurdo demais! Fomos no restaurante e lá dizia que o valor pra mulher é R$10,90 e pra homem é R$11,90. Comentamos que se você estivesse lá faria um escândalo, afinal isso não é sexismo?
- Aham. (Cara de tédio)
- O que você faria?
- Eu ia comer e pagar mais barato, ué.
- E você ia contribuir para algo tão sexista?
- Quando se trata de comida, querida, eu sou sempre sexista. Onde é o restaurante mesmo? Vou comer lá amanhã.
- Nossa, nós achamos que você iria brigar com o gerente do restaurante.
- Isso depende de quanto custa a sobremesa pra mulher, é a única coisa que me motiva em uma briga.



Minha colega foi arrasada pra mesa, afinal, mais uma tentativa de mostrar que feminista é chata e louca deu errado. Eu não sei quando as pessoas vão parar de fazer isso, mas até lá eu não vou parar de ser malvada.
Outras situações e o que fazer:

Situação: Veja bem, feminismo não é machismo ao contrário? Logicamente você é sexista e machista também! Além disso, tudo o que você me disse não faz sentido. Dar poder pra mulher? Por qual motivo? Mulher gosta mesmo de ficar na cozinha.
O que fazer: A melhor saída é a famosa Cara de Monalisa. Afinal, depois que você desenhou toda a teoria feminista pra pessoa, criou até um funk pra criatura entender Beauvoir e mesmo assim nada? Cara de Monalisa nel@s!

Situação: Toda feminista é mal comida, mal amada, não se depila, não usa maquiagem.
O que fazer:  Você pode mostrar sua caixinha de maquiagem mesmo que seja modesta, vai ser chocante do mesmo jeito. Sempre choca. Mas, para uma pessoa que diz que você é mal comida e mal amada a única coisa que você pode dar em troca é o bom humor, é devastador. Todo mundo esperando que você faça a histérica louca e você faz uma piadinha tipo: Beauvoir que o diga, pegou Sartre, queria ser mal comida que nem ela. A sala fica em silêncio e o assunto muda em 3 segundos.

Feminista sofre, mas se diverte.

terça-feira, 8 de março de 2011

Meu primeiro vídeo

Tô bem feliz, fiz meu primeiro vídeo para o canal das Blogueiras Feministas. Não ficou a melhor coisa do mundo, mas eu tô muito feliz e nada vai me segurar, rá.

Canal das Blogueiras: www.youtube.com/blogueirasfeministas

Meu vídeo:

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Heteronormatividade Ativista

É sempre assim que começa o discurso:
- Eu juro! Não tenho preconceito nenhum, mas...



O que me mata é o "mas", é o que vem depois dai e quase sempre não é coisa digna de lógica. É algo tão absurdo que todo mundo achava (ou acha) que tinha terminado junto com o nazismo. Eu já falei várias vezes sobre a ditadura silenciosa e sinceramente é algo que me irrita bastante.
O que me deixa frustrada  é encontrar esse tipo de situação em uma turma que está concluindo o curso de Psicologia, um curso que deveria estudar o ser humano. E eu entendi o que está acontecendo, estão criando ativistas para a heteronormatividade. Explico.
Uma pessoa que defende leis e cotas para pessoas brancas e héteros, se coloca numa posição de "não tenho preconceito e meus amigos também não tem" e ainda afirma que o preconceito está em como a pessoa se vê, só falta o discurso da raça pura, né? Gente, alguém dá uma bandeira pra ela.
Isso me assusta, um discurso repetido todos os dias e tantas vezes que o absurdo virou uma lógica visceral. E sabe o que mais? O número de "ativistas" desse modelo aumenta cada dia mais, tudo contribui: mídia, religião, capitalismo, são tantas coisas que nem cabem aqui. É tudo isso contra esse humilde blog.
E para variar, mais um post vai se finalizado com a mais pura e filosófica reticências.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Insanidades de verão

 O verão chegou! Se bem que para quem mora em Curitiba, o verão nunca é muito certo. Enfim, nada melhor para comemorar o sol radiante do que uma boa cerveja. O calor nos deixa insano, isso é bom. Eu gosto de pessoas insanas, elas costumam ser mais verdadeiras e isso nos faz ter idéias inovadoras, como essa:

Após um dia escaldante de sol e trabalho endiabrante, enfim chega a santa sexta-feira.



Thayz: Amor, você quer uma cerveja?
Alisson: Não, agora não. Vou pegar depois.
Thayz: Hmmm... Tudo bem, eu tomo. (barulho de cerveja abrindo).
Alisson: Você não ia tomar banho?
Thayz: Eu vou tomar banho (muito decidida)
Alisson: E a cerveja?
Thayz: Ela vai tomar banho junto comigo.

E lá estava eu, depilando minhas pernas, com creme hidratante no cabelo, ouvindo Beatles e tomando uma bohemia. Meu momento felicidade suprema: eu encontrei a luz.
De repente, gritos do lado de fora do banheiro surgem:

Alisson: Isso é meio esquisito, né? Eu só queria entender.
Thayz: Quem disse que é esquisito? Eu apenas vivo, não julgo os meus mimos, eu só me rendo a eles.

Tempos depois...

Thayz: Amor, cheguei!
Alisson: Viver, né? 

E o maridão tava lá, aparando a barba, peladão e tomando cerveja.

Invente você também a sua insanidade de verão.

domingo, 2 de janeiro de 2011

E que esse ano seja novo!

O ano começou super bem, só em ver a Dilma virar presidenta (eu chamo do jeito que eu quero, ora porra) já fiquei muito feliz.
Vou imitar a Luci na cara de pau, também vou colocar uma música que traduz tudo o que meu 2011 será. Estou finalmente pronta, eu estava só esperando esse momento para voar...




Blackbird singing in the dead of the night
Take these broken wings and learn to fly
All your life
You were only waiting for this moment to arise.
Blackbird singing in the dead of the night
Take these sunken eyes and learn to see
All your life

You were only waiting for this moment to be free.

Blackbird fly, Blackbird fly
Into the light of the dark black night.

Blackbird fly, Blackbird fly
Into the light of the dark black night.

Blackbird singing in the dead of the night
Take these broken wings and learn to fly
All your life

You were only waiting for this moment to arise
You were only waiting for this moment to arise
You were only waiting for this moment to arise.